segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cirurgia de redução de estômago pode levar ao alcoolismo, diz estudo

Cirurgias de redução do estômago e outros procedimentos usados como tratamento para a obesidade podem fazer com que os pacientes se tornem alcoólatras, dizem pesquisadores. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
Cientistas noruegueses estão prestes a começar um estudo com 30 pacientes que estão passando por tratamentos do tipo para avaliar se são capazes de mudar a reação do corpo com relação ao álcool. Eles suspeitam que este tipo de cirurgia pode alterar a química do organismo, fazendo com que o álcool pareça mais satisfatório e gratificante. Diversos pacientes já admitiram que passaram a beber consideravelmente mais após o procedimento e um estudo feito na América em 2012 sugeriu que este hábito pode dobrar o risco de alcoolismo.
Magnus Strommen, da St. Olav’s University, que está à frente do estudo, disse que algumas complicações relacionadas ao procedimento já são conhecidas, “mas o aumento do risco do desenvolvimento de alcoolismo nos pegou de surpresa”. “Parece que ela aumenta a disponibilidade do álcool no sangue. Além disso, normalmente uma concentração de álcool atinge seu pico em cerca de 30 minutos, mas, após a cirurgia, o auge pode ocorrer nos primeiros 5 ou 10 minutos”, observa. Ele afirma, ainda, que conheceu diversos pacientes que se tornaram alcoólatras após a cirurgia. “Eles não são mais obesos, mas têm que lidar com um problema novo e sério.” 
O desvio gástrico, procedimento em que o estômago é reduzido e os pacientes se sentem saciados mais rapidamente, é um dos mais populares para combater a obesidade e cerca de 5.400 pessoas se submetem ao tratamento pelo Sistema Nacional de Saúde britânico por ano. Geralmente, os pacientes perdem cerca de metade ou dois terços do peso. No mês passado, pesquisadores do Imperial College London afirmaram que 2 bilhões de britânicos são obesos o suficiente para serem qualificados aptos à cirurgia. As pessoas mais propensas são mulheres aposentadas ou com qualificações educacionais e nível sócio
econônimo baixos.

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